quinta-feira, 7 de abril de 2011

Resistindo...

Existem muitas situações desaprazíveis na vida a que vamos resistindo até à última instância.
E esta vontade de nos juntarmos, como amigos, para tocar fado tem servido de armadura contra o término do grupo.

Por isso, ainda ontem estivemos em Stª. Maria da Feira a tocar na Noite de Fados da Queima das Fitas 2011 do ISVOUGA e ISPAB.
Este evento decorreu às 22h30 no Mercado Municipal e contou também com a actuação do Grupo de Fados de Engenharia.

Os quatro elementos presentes (Brocatus, Dedinhos, Cabulatóris e Incógnitus) brindaram o "público" presente com nove fados/canções de Coimbra, donde se destacam as "Variações em Rém de Gonçalo Paredes", "Contos Velhinhos", "Sé Velha", "Ondas do Mar" e "Variações em Lám de João Bagão".



Foi um prazer ter atendido ao convite da Associação de Estudantes do ISVOUGA à qual endereçamos o nosso obrigado e os nossos calorosos cumprimentos.

A todos um grande abraço,

At kalendas VII/ III+I / MMXI
per
Fraldinhus, Magnificus Dedinhus Cirroticus

terça-feira, 22 de março de 2011

Registos da Serenata do Centenário da Universidade do Porto

Aqui ficam os registos videofónicos da actuação.





O nosso muito obrigado a ti, Nuno Lima, que sempre acompanhaste o Grupo registando alguns dos seus momentos!

Um grande abraço!

At kalendas XXI+I/ III / MMXI
per
Fraldinhus, Magnificus Dedinhus Cirroticus

...até um dia

Toda a despedida que é dura, é de uma dureza igualmente inevitável.

Ontem não fomos brilhantes, mas marcamos presença em tamanho evento, e por isso já me sinto mais que realizado.
Resta-me pois, guardar o que não se guarda em lugar algum.

Obrigado, meus companheiros, pela debandada à monotonia académica que foi o nosso Grupo de Fados de Nutrição.

At kalendas XXI+I/ III / MMXI
per
Fraldinhus, Magnificus Dedinhus Cirroticus

sexta-feira, 18 de março de 2011

Serenata do Centenário da Universidade do Porto

"O Centenário da Universidade do Porto é uma efeméride de grande simbolismo na vida da instituição. Sobretudo porque, ao longo de 100 anos, a nossa Universidade conheceu uma sucessão de feitos notáveis e realizações virtuosas que merece ser devidamente celebrada. Há toda uma venturosa caminhada histórica que desejamos manter viva, para que as novas gerações compreendam a dimensão do desígnio em que tantos se empenharam e possam assim replicar, no actual contexto e no tempo que está para vir, o exemplo de esforço, sabedoria e generosidade dos seus antepassados."

in Mensagem do Reitor para o Centenário da UP,
José Carlos Marques dos Santos
Reitor da Universidade do Porto

Fazendo jus às palavras do digníssimo reitor da Universidade do Porto, ao ouvirem-se as 12 badaladas do dia 22 ouvir-se-ão, novamente, os acordes das guitarras que entoarão pelos jardins da cordoaria e arruamentos anexos, daquela que é uma histórica tradição que se deseja manter viva.

Falamos pois da Serenata do Centenário da UP, brindada pela massa extrema da tradição da academia, os Grupos de Fado Académico (ou da Canção de Coimbra), que dirão o que não se diz, pelo som das guitarras.
Serão os "Mestres de Avis" desta nobre noite os Grupos de Fado Académico do Orfeão Universitário do Porto (OUP), das faculdades de Ciências (FCUP), Ciências da Nutrição e Alimentação (FCNAUP), Direito (FDUP), Engenharia (FEUP), Farmácia (FFUP), Letras (FLUP) e Medicina (FMUP), e do ICBAS.

E será com o maior prazer que nos apresentaremos, assim, mais uma vez à academia e daremos graças por pertencer à geração do centenário, de mui nobre instituição, com os nossos humildes tons e sons.

At kalendas XVII+I / III / MMXI
per
G. F. Nutricius
DVRA PRAXIS
SED PRAXIS

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Ensinam-nos a viver quando a vida já passou

Michel de Montaigne

segunda-feira, 22 de março de 2010

Serenata UP, 2010

E assim foi a primeira actuação à comunidade da Universidade do Porto deste jovem grupo de fados.
Tão límpida e sonante quanto fugaz, esta actuação vinca um acontecimento tão esperado por qualquer um de nós, nesta jornada pela descoberta do fado académico.

Por isso congratulo o Grupo de Fados por tão bom momento, aquele que passamos de baixo da arcada principal da Reitoria da Universidade do Porto às 00h43min de Segunda-feira, 22 de Março de 2010.

Seja esta a primeira de muitas.

Um forte abraço a todos,

At kalendas XXI+I/ III / MMX
per

Fraldinhus, Magnificus Dedinhus Cirroticus

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Iniciação ao espanto

A música sempre foi aquele assunto revestido da maior seriedade. ou sensibilidade. É como os cereais de pequeno-almoço: uns comem, outros não, uns gostam do leite quente, outros dos cereais crocantes e com sabor ao que quer que seja. Daí a imensa dificuldade em manter um espaço essencialmente dedicado ao discurso musical de um grupo de marmanjos que até se juntam de vez em quando para afinar as guitarras e tentar extrair algo de significante da força dos dedos e da vontade.
E a questão não diminui ao restringir os parceiros no crime: assume-se a vontade, constrói-se um espaço. E para que serve, afinal, toda essa pompa? Umas conversetas, uma ilusão de conjunto? Mas a coisa avança; os marmanjos finalmente chateiam-se entre eles, encontra-se finalmente tópico de discussão. Para progredir. Define-se a base, começa-se a desvendar uma qualquer finalidade no que parece aleatório. Começamos a afinar as cordas antes da discussão. E quem virá no seguimento desta embriaguez? Chegou já a nossa vez de ficarmos sóbrios? E a definição, afinal, fica para uma data a marcar, já que agora o importante é soar bem, sangrar um bocado, enferrujar as cordas com as lágrimas que vão saindo das baladas cantadas pelas gerações que inspiram esta insistência em respirar o sonho. A percepção da maioridade vai-se adensando a cada acorde, cada discurso se reveste de significado.

Transfiguremo-nos então no fado. E não esqueçamos Dionísio.

Saudações do além.

per Dentistae, Magnificus Brocatus, at Embriagatus Noctem Sisus Toldatum